Você está visualizando atualmente IV DIA MUNDIAL DOS POBRES – 17/11/2020

IV DIA MUNDIAL DOS POBRES – 17/11/2020

IV DIA MUNDIAL DOS POBRES – 15 DE NOVEMBRO

“Estende a tua mão ao pobre” (Eclo 7,32) 

Irmãos e irmãs, o Papa Francisco instituiu a Jornada Mundial dos Pobres, de cuja mensagem trazemos alguns pontos para que toda nossa Arquidiocese se envolva em sua preparação e realização.  “Estende a tua mão ao pobre” (Eclo 7,32). Diz o Papa: “A sabedoria antiga dispôs estas palavras como um código sacro que se deve seguir na vida. Hoje ressoam com toda a densidade do seu significado para nos ajudar, também a nós, a concentrar o olhar no essencial e superar as barreiras da indiferença. A pobreza assume sempre rostos diferentes, que exigem atenção a cada condição particular: em cada uma destas, podemos encontrar o Senhor Jesus, que revelou estar presente nos seus irmãos mais frágeis” (Mt 25,40).

“São inseparáveis a oração a Deus e à solidariedade com os pobres e os enfermos. Para celebrar um culto agradável ao Senhor, é preciso reconhecer que toda a pessoa, mesmo a mais indigente e desprezada, traz gravada em si mesma a imagem de Deus. De tal consciência deriva o dom da bênção divina, atraída pela generosidade praticada para com os pobres. Por isso, o tempo que se deve dedicar à oração não pode tornar-se jamais um álibi para descuidar o próximo em dificuldade. É verdade o contrário: a bênção do Senhor desce sobre nós e a oração alcança o seu objetivo quando são acompanhadas pelo serviço dos pobres. Manter o olhar voltado para o pobre é difícil, mas tão necessário para imprimir a justa direção a nossa vida pessoal e social. Não se trata de gastar muitas palavras, mas antes de compreender concretamente a vida, impelidos pela caridade divina. Todos os anos, com o Dia Mundial dos Pobres, volto a esta realidade fundamental para a vida da Igreja, porque os pobres estão e sempre estarão conosco (cf. Jo 12,8) para nos ajudar a acolher a companhia de Cristo na existência do dia a dia”.

Estender a mão ao pobre significa olhar ao nosso redor, para encontrar as pessoas mais necessitadas, tanto em nossas cidades e no interior. Não se trata de exercício de filantropia, ainda que seja necessário e importante. O fundamento se encontra na certeza, vinda da fé, a respeito da dignidade inalienável de toda a pessoa humana, e que Deus quer que todos tenham a vida, e vida em abundância (cf. Jo 10,10).

Para aprofundar essas convicções, vamos descrever o que dizia São Vicente de Paulo: “Cristo quis nascer pobre, escolheu pobres para seus discípulos, fez-se servo dos Pobres e de tal forma quis participar da condição deles, que declarou ser feito ou dito a ele mesmo tudo quanto de bom ou de mau se fizesse ou dissesse aos pobres. Deus ama os pobres, também ama aqueles que os amam. Quando alguém tem um amigo, inclui na mesma estima aqueles que demonstram amizade ou prestam obséquio ao amigo. Por isso esperamos que, graças aos pobres, sejamos amados por Deus. Visitando-os, pois, esforcemo-nos por entender os pobres e os indigentes e, compadecendo-nos deles, cheguemos ao ponto de poder dizer com o Apóstolo ‘Fiz-me tudo para todos’ (1Cor 9, 22). Por este motivo, se é nossa intenção termos o coração sensível às necessidades e misérias do próximo, supliquemos a Deus que derrame em nós o sentimento de misericórdia e de compaixão, cumulando com ele nossos corações e guardando-os repletos. Deve-se preferir o serviço dos Pobres a tudo o mais e prestá-lo sem demora…” (Cf. Escritos de São Vicente de Paulo, presbítero – Correspondance, Entretiens, Documents, ed. P. Corte, Paris 1920 – 1925, passim).

Estender a mão ao pobre significa que todos nós, sem exceção, somos chamados a tomar as mais diversas iniciativas nas comunidades, Áreas Pastorais e Paróquias no serviço aos nossos pobres. Uma proposta é que usemos a criatividade, na qual cada pessoa, grupo, pastoral, serviço ou movimento possa encontrar uma forma para expressá-lo. Para alguém, será a prática da visita aos enfermos. Outros poderão se comprometer com nossas Obras Sociais. Pode ser que alguém se ponha à disposição ao serviço voluntário. As Obras Sociais e a Cáritas Arquidiocesana poderão tomar a frente destas iniciativas, porém, todos terão a oportunidade de exercitar a compaixão, a misericórdia e o serviço do bom Samaritano em todas as situações que se apresentam. Por exemplo, veio o tempo da Pandemia, quantas e quantas pessoas transformaram sua habilitação no campo da saúde em verdadeiro exercício de caridade indo ao encontro dos que mais sofrem. Entre nós tivemos um belo trabalho com a população de rua. A Cáritas Arquidiocesana esteve atenta e atendeu aos pobres da cidade e do interior, isso merece um louvor. Para isso, precisamos usar de toda iniciativa e caridade indo ao encontro dos mais pobres em nossas comunidades. Que seja um empenho de todos. E continua o Papa: “Estender a mão leva a descobrir, antes de tudo a quem o faz, que dentro de nós existe a capacidade de realizar gestos que dão sentido a vida”.

Vamos juntos colocar em prática o Dia Mundial dos Pobres com iniciativas concretas, tais como, atividades formativas, partilha de experiências, gestos concretos de serviço. Ninguém se exclua dessa responsabilidade. Seja um tempo de mãos estendidas e que seja permanente.

Santarém, 6 de novembro de 2020

 Dom Irineu Roman, CSJ

Arcebispo Metropolitano de Santarém

NOSSA MEDIADORA: Eloisa Alves

Membro da equipe da Escola Vivencial do Movimento de Cursilhos. Trabalha no Colégio Santa Clara.

NOSSO MENSAGEIRO: Dom Irineu Romam

Nascido em Vista Alegre do Prata-RS, em 10 de agosto de 1958. Ingressou no Seminário Josefino da Congregação de São José, em 1973. Fez os primeiros votos religiosos no ano de 1980. Foi ordenado presbítero no dia 1º de janeiro de 1990, por Dom Paulo Moreto.

Durante sua caminhada como padre, colaborou de forma especial no acompanhamento de jovens e na formação de Seminaristas. Em Porto Alegre, de 1987 a 1989, especializou-se em Pastoral Juvenil, tendo atuado na área de pesquisa, acompanhamento e formação cristã de jovens.
Em Caxias do Sul, exerceu atividades de formador nos Seminários da Congregação de São José, professor nos Colégios da Congregação e vigário paroquial nos primeiros anos de presbítero.
Em Brasília (DF) atuou como vigário paroquial da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Planaltina (DF), entre 1994 a 1998.

No ano de 1999, estudou Missiologia, em São Paulo, em nível de Pós-Graduação. No mesmo ano foi enviado pela Congregação de São José – Josefinos de Murialdo, para Belém do Pará, onde em 17 de outubro de 1999, assumiu o cargo de pároco da Paróquia Santa Edwiges.

Em 2002, foi nomeado por Dom Vicente Zico, Vigário Episcopal da Região São João Batista, tendo permanecido nesses ministérios até a data de sua nomeação como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belém.

A Ordenação Episcopal ocorreu no dia 19 de março de 2014, na Paróquia São José em Vista Alegre do Prata, pertencente à diocese de Caxias do Sul-RS. Seu lema episcopal é: “Vim para Servir” (Mc 10,45).

Atualmente é Arcebispo da Arquidiocese de Santarém.