Jesus poderia ter vindo à terra de qualquer forma. Mas preferiu vir da mesma forma que todos os homens: por meio de uma família!
A família residiu em Nazaré até que Jesus estivesse pronto para desempenhar sua missão.
Lá, Jesus aprendeu a andar, correr, brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu pai adotivo, José, a quem amava muito e que por ele era muito amado também. Foi um filho obediente à mãe, Maria, e demonstrou isso já bem adulto, e na presença dos apóstolos, nas bodas de Caná, quando, a pedido de Maria, operou o milagre do vinho.
Quando o Messias começou a trilhar os caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era reconhecido como o filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou como todas as pessoas fazem. Conheceu as agruras dos operários, suas dificuldades e o suor necessário para ganhar o pão de cada dia.
Essa família é o modelo de todos os tempos. A família deve ser criada no amor, na compreensão, no diálogo, com consciência de que haverá momentos difíceis e crises formais. Só a certeza e a firmeza nos propósitos da união e a fé na bênção de Deus recebida no casamento fará tudo ser superado. Pedir esse sacramento à Igreja é uma decisão de grande responsabilidade, ainda maior nos novos tempos, onde tudo é passageiro, fútil e superficial.


São tempos propícios para nos abrirmos à esperança, que nasce da certeza de que Cristo vem todos os dias na nossa vida.
Esta certeza nos induz a olhar com confiança para o futuro, mesmo que tantas vezes possa parecer tão incerto.
Ao nos prepararmos para acolher a Deus, que assume nossa humanidade através da simplicidade de uma criança, experimentamos uma força e uma paz inquieta, que nos impulsionam a espalhar o amor, que recebemos deste Deus tão generoso e amoroso, a nossos irmãos e irmãs, principalmente os mais pobres e marginalizados.
O Advento é o tempo que nos é concedido para acolher o Senhor que vem ao nosso encontro, também para verificar o nosso desejo de Deus, para olhar em frente e nos preparar ao regresso de Cristo. Ele voltará a nós na festa do Natal, quando fizermos memória da sua vinda
histórica na humildade da condição humana;
mas vem dentro de nós todas as vezes que estamos dispostos a recebê-lo.
1️⃣ Como está meu coração nesse momento de espera, de expectativa?
2️⃣ A liturgia dá a certeza do nascimento do menino Jesus, que chega discreto, que chega sem fazer barulho, mas que transborda amor desde seu nascimento. E o que irá (re)nascer em mim a partir da experiência desse ano tão atípico?
3️⃣ Para quais realidades Deus me chama a uma atitude de atenção e vigilância?
(Texto: Anchietanum Magis Jesuítas Brasil)